Primavera Nacional
Primavera NacionalLyrics

Preto Cidadão

"Frentô! " "Lutô! ". Eu cantarei. Tambor tocou!. Eu lutarei. A missão não é pelos cifrões. Lutem e lutem novamente. Até cordeiros virarem leões!. Nos vi ali, mulato deixado de lado é mato. Pé no chão dado ao fato. Rasgo em sola de sapato. A cor da noite na pele. No riso a luz do senhor. Esquivando pique esgrima e batucando igual nagô. Tipo Joana D'arc. Em linha de frente eu puxo a "responsa". Enquanto eu conto com os amigos. Os outros contam "os peixe" e "as onça". Se a inflação monetária desvaloriza a moeda. Cadê a inflação cultural?. Pois o valor dessa está em queda. Se a voz do povo é a voz de Deus. Eu canto com ele toda hora. Vários cantos em vários cantos. Que endeusa nossa história. Malandro que é malandro. Sonha um dia em ser memória. Minha, sua, um minuto, por hora eterna vitória!. E me virei, revirei, já cansei e esperei. Pelo reino dos mudos onde falador vira rei. Então parei, reparei, respirei e pensei. Palavras podem ser tiros ou cabestros e arreios. E aprendi isso vendo os fatos. Sem livro ou ilustração. Lembrança difere da história. Pois carrega emoção. E poesias de outrora, tipo arte em fatos irmão. Deixaram questão simplória. "quer açúcar ou vai mais limão"?. Dentre "trampos", tretas, trancos. Todos "tão" de "tiração". Tiras, tiros, tombam tantos. Trago troco, troca ação. Bate os beat, borda os banto. Big bong, boa brisa. Uns "trampa" e outros se trancam. Qual desses sua a camisa?. [Átila]. Eu vou mudar sua visão sobre tudo que "cê" acha. Eu "tô" aqui. suave "jão"?. Então vê se não embaça. Vocês que nunca se importaram. Com nossa desgraça. De repente criticaram. Sobre o que a gente acha graça!. Ha ha, não vê nossa dor. Nossas cicatrizes. Mas sempre se incomodam ao ver. Nossos rostos felizes. Mas daqui eu não saio. Torçam seus narizes. Ou então finjam que gostam. Como bons atores e atrizes. Valores se perdendo em sonhos de consumo. E nas "facul" pra cada um preto. Tem quarenta alunos. Não tô aqui pra comover. E só chorar minhas dores. Enquanto eu sofro. Meus impostos vão pros impostores. Eu também sou cidadão pago meus boletos. A impostos e taxas impostas me submeto. Faço rima na canção, faço até soneto. Mesmo assim me tratam diferente por ser preto. Eu também sou cidadão pago meus boletos. A impostos e taxas impostas me submeto. Faço rima na canção, faço até soneto. Mesmo assim me tratam diferente por ser preto. Sou preto, sou operário. Anota no seu diário. Não pago pau pra otário. Que se acha o visionário. Desse tipo existem vários. Um bando de mercenários. Desmerecem meus trabalhos. Como se tivessem vários. Meu "trampo" é voluntário. Faço o que for necessário. Não foco no monetário. O foco é mudar cenários. Do rap sou funcionário. Sorrisos são meu salário. Como já disse o lendário. De sonhos sou milionário. Os brancos, ricos bancários. De racismo hereditário. Os pretos, presidiários. De sistemas carcerários. Pobre vive no precário. Hipócritas no plenário. Hoje é tudo igualitário?. Velho conto do vigário. Um bando de salafrários. Se julgam prioritários. Fezes fedidas, falsários. São esgoto sanitário. São falsos autoritários. Pra nós "cês" não são páreos. Nós vamos tipo os agrários. Contra os latifundiários. Jornais, boatos hilários. Escola, baixos salários. Igrejas, só empresários. Empresas, ex-funcionários. Na rua, crimes diários. No futebol, bilionários. Amigos imaginários. Samarco, sem comentários. Raps revolucionários. Com ricos vocabulários. Buscando humanitários. Pra ataques literários. Pesados, mas solidários. Armados com dicionários. Primavera nacional. Estação nova pro seu calendário. É primavera nacional. um dia "cês" aprende. E quanto mais nos subestimam. Mais ainda a gente surpreende

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