Baião Da Guanabara (por Trás De Brás De Pina)

Aguenta a mão que eu tô levando a guanabara. Carrego as águas da baía num baião. Chora mais não que o teu sertão vai virá praia. Vai ter catraia navegando a solidão.. Eu tô levando o céu do rio. Tô levando o mar. Tô levando o pão de açúcar pra seca adoçar.. Tô levando o meu delírio. Pra gente calar. A boca que o destino quis escancarar. Pra me provocar. Só pra me provocar. Não se atormente eu tô levando a carioca. Pouco me importa o peso do meu coração. Quando eu chegar o chão rachado a gente troca. E bota tudo ladrilhado no sertão.. Eu tô levando um som do rio. Tô levando o ar. Tô levando um samba enredo pro teu boi bumbá.. Tô levando um desatino. Pra tampar o sol. Com a peneira que o destino quis furar. Pra me provocar. Só pra me provocar. Tô carregando o redentor no meu repente,. Não banca a tonta não me conta pra ninguém.. O corcovado vai ser no quintal da gente. Tanta promessa assino em baixo e digo amém.. Sertão na guanabara. Sertão na carioca. Sertão no fim da praia. Sertão no meio do mar.... A guanabara seca. A carioca certa. A praia tá deserta. Quem seqüestrou o mar?

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